Monobloco Foto Fernando Maia Riotur A

Monobloco encerra o circuito de megablocos no Rio com chave de ouro

Em seu 24º. desfile, bloco capitaneado por Pedro Luís prestou homenagem a Jorge Aragão. Pelo restante do Rio, 17 cortejos animaram foliões e se despedem do Carnaval 2024

 

O Monobloco, um dos mais tradicionais do Carnaval de Rua do Rio, levou sua poderosa bateria à Rua Primeiro de Março, no Centro da cidade, fechando em grande estilo a folia a céu aberto da Cidade Maravilhosa. Na despedida do Carnaval 2024, o público se esbaldou na manhã deste domingo, 18 de fevereiro, ensolarado e com o intenso calor do verão carioca.

Com o tema “Toca esse tambor”, inspirado na canção que Jorge Aragão compôs para o Monobloco, os ritmistas prestaram homenagem ao compositor carioca, interpretando composições de sua autoria ao longo do cortejo. O funkeiro MC Marcinho, que faleceu no ano passado, foi lembrado pelos músicos.

Além da bateria, o Monobloco apresentou uma ala coreografada logo à frente dos ritmistas, e contou com os já tradicionais integrantes do Cacique de Ramos, um dos ícones do pagode no Rio e todos os anos reverenciado pelo bloco de Pedro Luís.

“O Monobloco é muito especial porque é o encerramento da festa. A reverência que eles  fazem ao Cacique é muito especial, porque o bloco é uma referência grande no Carnaval do Rio. E nada mais justo que o próprio Monobloco reconheça, da mesma forma que nós reconhecemos o Monobloco. Então, essa troca é algo incrivel”; afirmou Lúcio Cláudio, da diretoria do Cacique de Ramos.

Nos vocais, além de  Pedro Luís, Celso Alvim e companhia, a cantora Thaís Macedo brindou os foliões com sucessos da MPB ao ritmo especial que só o Monobloco tem. De “Anunciação”, de Alceu Valença, à “Feira de Mangaio”, de Clara Nunes, passando por “Lucro”, do Baiana System”. Ninguém ficou parado. 

“Carnaval sem Monobloco não tem a menor graça. Essa bateria é única, eu não perco um desfile desde que eles começaram a desfilar. Ao longo destes anos, eu casei, tive filhos e, agora, a família toda vem junta para desfilar e se divertir”, comemorou Ivy Monteiro, acompanhada do marido e dois filhos adolescentes. E assim os foliões se divertiam com direito a se refrescarem com água jorrada do carro-pipa. 

Aplicativo para conferir os últimos blocos deste domingo

O dia oficial era a última terça-feira, mas o Carnaval de Rua do Rio ainda não terminou. Até o final da tarde deste domingo, 18 de fevereiro, um total de 18 blocos terão desfilado de norte a sul da cidade. Para ver a programação completa, com data, horário e percurso dos cortejos, basta baixar o app Blocos Rio 2024, disponível em todas as plataformas digitais. A ferramenta é gratuita e funciona por geolocalização.

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No sábado pós-Carnaval, Anitta leva 800 mil foliões ao Centro do Rio

Megabloco da Poderosa desfilou pela Rua Primeiro de Março

Eram 8h25 da manhã quando a cantora Anitta, do alto de seu trio elétrico, na Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio, deu início ao seu desfile na manhã deste sábado, 17 de fevereiro. Com uma fantasia em homenagem à Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio, a Poderosa deixou os foliões em polvorosa com músicas como “Show das Poderosas”, “Bang”, “Envolver”, além de sucessos da MPB, do funk e do axé. Segundo a Riotur, 800 mil pessoas se divertiram no megabloco, o penúltimo do circuito no Carnaval do Rio.

Preocupada com o calor forte, Anitta fazia questão de perguntar, a todo o tempo, se os foliões estavam se sentindo bem e se hidratando. Dois carros-pipas refrescavam a multidão a todo tempo. A Cedae também distribuía água para os foliões, enquanto a cantora fazia a festa no trio, convidando o público a curtir o bloco em clima de paz e diversão.

“Todo mundo vai se dar muito bem, vai pular, vai brincar, vai ser muito feliz, até o fim do desfile. Eu amo vocês demais! Obrigada!”, agradeceu a Anitta logo no início do evento.

O show contou ainda com as participações dos cantores porto-riquenhos Justin Quilles  e Lenny Tavarez, compositores de sucessos internacionais de Anitta, como “Volver”.

Outra atração comemorada pelo público foi Dennis DJ, mais conhecido como Dennis o Brabo, que transformou a Primeiro de Março num enorme baile funk.

Os foliões, como de costume nos desfiles da cantora, responderam cantando todos os hits. 

“A Anitta é uma artista de nível internacional. Ela está em vários top 10 do mundo inteiro. E poder assistir a um show dela assim, na rua, de graça, é um privilégio”, afirmou a professora Vânia Trindade, que foi ao desfile com a companheira e algumas amigas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio, só para ver Anitta.

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Para ver a programação completa dos blocos, com data, horário e percurso, basta baixar o app Blocos Rio 2024, disponível em todas as plataformas digitais. A ferramenta é gratuita e funciona por geolocalização.

Rio Maracatu Foto Alex Ferro Riotur A

Orquestra Voadora e Rio Maracatu arrastam foliões na ‘terça gorda’

Quarta-feira de Cinzas é último dia de programação do Carnaval

Uma explosão de folia tomou conta da cidade na terça-feira de Carnaval, 13/2. Sol de verão carioquíssimo, com sensação térmica na casa dos 50 graus, foliões não se cansavam e brincavam, com leveza e descontração, em blocos desta tarde. Entre eles, os cortejos da Orquestra Voadora e do Rio Maracatu. A Quarta-feira de Cinzas encerra a temporada da maior festa a céu aberto do mundo, com seis desfiles ao todo.

No Aterro do Flamengo, a Orquestra Voadora comemorou 15 anos de existência com um desfile cheio de emoção. Com seu famoso naipe de metais, o bloco embalou os foliões com sucessos de Nação Zumbi, Tim Maia, Michael Jackson e Jorge Benjor, entre outros. À frente do bloco, pernaltas e artistas circenses deixaram o cortejo ainda mais bonito com suas performances coreografadas. 

A mistura da tradição do Maracatu com o Carnaval provou que dá mais que certo. Completando 27 anos em 2024, o Rio Maracatu embalou turistas e cariocas que foram ao Centro, ao som de alfaias, tarols e agbês, num cortejo animado por muitas baianas. E contou com a participação de Mestre Maurício Soares, da Baiana Rica da Nação Estrela Brilhante do Recife: “Para mim é uma honra representar a minha cultura, a cultura de raízes da minha nação, que foi fundada em 1906. Maracatu é riqueza.”

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Para ver a programação completa dos blocos, com data, horário e percurso, basta baixar o app Blocos do Rio 2024, disponível em todas as plataformas digitais. A ferramenta é gratuita e funciona por geolocalização. O folião também pode acessar o site carnavalderua.rio, onde também encontra o calendário dos blocos, itinerários e notícias relacionadas. 

Carmelitas - Foto Fernando Maia Riotur A

Sagrado e profano se encontram no desfile do Bloco das Carmelitas, em Santa Teresa

Cortejo comemora 34 anos de folia e inaugura temporada oficial de Carnaval com muita diversidade e inclusão. Mais de 200 blocos desfilarão no Rio até a Quarta-Feira de Cinzas

As freirinhas mais charmosas de Santa Teresa abriram em grande estilo a temporada oficial de Carnaval de 2024 na cidade na tarde de sexta-feira, 9 de fevereiro. Um dos mais tradicionais blocos do Rio, o Carmelitas celebra 34 anos de existência com um samba que reverencia o direito de cada pessoa ser aquilo que é. Ao som de versos como “olhei pro céu /e vi o homem voando / o arco-íris vai pintando / a igualdade e inclusão”, os 150 ritmistas da bateria arrastaram uma animada multidão de foliões pelas ladeiras estreitas do bairro boêmio, com fantasias de freiras – o símbolo do bloco –  padres, anjos e demônios, mostrando o verdadeiro encontro entre o sagrado e o profano na festa mais democrática do planeta. 

Em seu 15° ano como porta-bandeira do Carmelitas, Iara Santos trouxe em sua roupa as cores do arco-íris. Nascida em Santa Teresa e filha de um dos fundadores do bloco, fez questão de enaltecer o enredo: 

“A gente quis representar a diversidade na nossa roupa. A minha raça, a minha cor, a diversidade de cada um. Estamos representando a realidade de cada um, o que somos em essência”, explicou.

Ao lado de Iara, o mestre-sala Edinei de Conte complementou:

“Nosso enredo fala sobre todas as cores, sobre inclusão, diversidade, principalmente sobre amor, afeto e respeito. Não importa quem você é, apenas respeite o outro”, resumiu.

O Carmelitas atrai gente do mundo todo movida pela magia de uma espécie de “lenda” da época de sua criação, em 1990. Diz a história que uma freirinha pulou o muro do convento para curtir o Carnaval na sexta-feira e só voltou na terça-feira gorda. 

Turistas marcam presença no bloco só para conferir a história. É  o caso de Haroldo Melo, de 32 anos, natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Em sua estreia na cidade, Haroldo chegou com o seu grupo, todo caracterizado de freira, e com o samba enredo na ponta da língua:

“Eu conheci o Carmelitas numa reportagem de TV. Já estávamos nos preparando desde outubro do ano passado. O bloco é maravilhoso! Só vai embora na quarta”, contou.

Até lá, tem muito Carnaval pela frente. Mais de 200 blocos desfilam na cidade até a Quarta-Feira de Cinzas.

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Loucura Suburbana leva o amor pelas ruas do Engenho de Dentro

Bloco anima foliões na Zona Norte do Rio

O clima de Carnaval invadiu o Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira, 8 de fevereiro. Bailarinas, bate-bolas, colombinas e palhaços tomaram conta das ruas do bairro durante o desfile do bloco Loucura Suburbana, composto por clientes, funcionários e amigos do Instituto Nise da Silveira, além de moradores da redondeza.

Em 2024, o bloco teve o amor como enredo. O samba ‘Te amei, te amo, te amarei’, vencedor entre as 35 letras do concurso para escolher o melhor samba enredo, animou os foliões, que rapidamente decoraram os versos.

Autor do samba, Adilson Nogueira do Amaral, mais conhecido como Adilson Te Amo, contou que este é o terceiro samba que compõe para o bloco: “Minha família não gosta que eu venha ao bloco. Mas eu sempre dou um jeito e, por isso, coloquei na letra o trecho ‘Não me segura, meu bem, estou aqui, é a Loucura Suburbana é onde eu vou me divertir”, explicou.

Adilson sofre de esquizofrenia e explicou que compor letras tem o melhorando a sua integração entre pacientes e não pacientes da saúde mental. “A loucura está nos molhos de quem vê”, afirmou.

O sucesso do bloco é então grande por mostrar a inclusão que turistas, até de outros, fazem questão de vir ao Rio para o desfile da Loucura Suburbana.

A psicóloga argentina Mariela Dri disse que conheceu o bloco durante uma temporada que passou no Instituto Nise da Silveira em 2021 por conta do trabalho e, desde então, participa do desfile.

“Eu fiquei cinco meses trabalhando aqui. Vim pra conhecer como era a saúde mental comunitária no Brasil. E conheci a Loucura Suburbana e fiquei apaixonada. E ao voltar pra Argentina levei um pouquinho do que estava acontecendo aqui para nós também começarmos a fazer um trabalho de cultura e desinstitucionalização lá. Estamos no início dessa reforma psiquiátrica” explicou, acrescentando: “E o Loucura Suburbana é mágico porque eles vão para a rua e, sem muitas palavras, estão transformando a visão que as pessoas podem ter sobre a loucura, sobre o sofrimento, a normalidade. Não há diferença.”

Durante o percurso – o bloco sai do Instituto Nise da Silveira –  o cortejo segue pelas ruas do bairro – e os moradores vão para as calçadas jogando confetes e serpentinas nos foliões aumentando a alegria da folia.

“Já é uma tradição”, conta Jorge de Andrade, morador do Engenho de Dentro. “Todos os anos assistimos ao desfile do bloco, que é o mais bonito da cidade. Eu conheci a Nise (médica psiquiatra) e ela estaria muito feliz se estivesse aqui”, afirmou.

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Blocos para todos os gostos colorem as ruas da cidade

Cordão do Boitatá, Favorita e Fogo & Paixão deram o tom da festa

A maratona de blocos começou cedo neste domingo. No Centro da cidade, o Cordão do Boitatá encantou milhares de foliões que foram à rua da Assembleia. Ao som de ‘Coisa nº 4’, do maestro Moacir Santos, seguida de ‘O Trenzinho do Caipira’, de Heitor Villa-Lobos, os cem multi-instrumentistas da orquestra comandaram a festa, sempre original, do Boitatá, que tem uma cobra de fogo como símbolo e este ano comemora 28 carnavais.

Na ala das baianas, próximo à serpente, Pixinguinha, personificado em mamulengo, abençoou o cordão, seguido de estandartes homenageando figuras da música popular brasileira, como Lecy Brandão, Chico Buarque, Edu Lobo, Tia Maria do Jongo, Elza Soares e Rita Lee. “Não perco por nada. Acho o Boitatá criativo, emocionante, uma manifestação cultural muito rica”, afirma Suelen Manicure, personagem que desfila pelas ruas do Rio há oito anos, oferecendo serviços de manicure durante o desfile.

Mais adiante, na rua Primeiro de Março, foi o bloco da Favorita que deu o tom nesta manhã de domingo. Em cima do trio elétrico, a atriz e rainha de bateria da Grande Rio e do cordão da Bola Preta, Paolla Oliveira, brilhou no comando da festa, fazendo sua estreia na Favorita como apresentadora: “Já amava o bloco e participo há um bom tempo, inclusive em São Paulo. Mas é a primeira vez no Rio”, comenta Paolla.
Outro destaque foi DJ Pedro Sampaio que, vestido como a eterna rainha dos baixinhos, Xuxa, cantou seus inúmeros sucessos, acompanhado de dançarinas usando modelitos à lá Paquitas. “Estou extremamente feliz por liderar um bloco pela primeira vez no Carnaval de rua do Rio. Minha música é a essência do Carnaval carioca. Só aqui conseguimos sentir o calor do povo brasileiro”, comemora Pedro.

Em um dos momentos mais emocionantes do desfile, o bloco prestou homenagem à cantora Preta Gil e Feijão, um dos convidados, cantou ‘Sinais de Fogo’, um dos maiores sucessos da cantora.

Fãs de Pedro Sampaio, as irmãs Gisele e Isabela Batista da Silva acordaram às 5h da manhã para ver de perto o ídolo. Ao final da manhã de folia, as duas mal tinham voz. “Nunca me diverti tanto! Cantei, pulei, beijei. Este é o melhor bloco do Rio!”, afirma entusiasmada Gisele.

No Largo de São Francisco, foi a vez da “sofrência” pedir passagem com o toque especial do xote, frevo e maracatu. Uma mistura que, todos os anos, atrai milhares de apaixonados pelo brega-romântico do bloco Fogo & Paixão. E, desta vez, com um “plus”: Gretchen, a rainha do bumbum, agitou a multidão ao som de ‘Freak le boom boom’ e outros sucessos mais.

O tema do 14º aniversário do bloco, que já teve Wando como padrinho, não poderia ser mais apropriado: ‘Brega é pra Brylhar’, inspirado na canção ‘Gente’, de Caetano Veloso. “Proporcionamos um verdadeiro festival de música brega. O brega, como dizem, cura onde dói”, relata Mariana Guedes, cantora do Fogão & Paixão.
Agenda de blocos

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Céu na Terra deixa Santa Teresa mais colorida com seus bonecos gigantes e foliões animados

No Centro do Rio, a festa ficou por conta do sertanejo Chora Me Liga

As ladeiras de Santa Teresa ficaram ainda mais estreitas na manhã deste sábado, 03/02, para dar passagem ao cortejo do Céu na Terra, animando a agenda de blocos de Rua do Rio. Com seus tradicionais bonecos gigantes, estandartes confeccionados por artistas, foliões irreverentes e a famosa réplica do bondinho, o cordão serpenteou as ladeiras sinuosas do charmoso bairro. 

Este ano, o homenageado foi o cantor e compositor Milton Nascimento. O artista também serviu de inspiração para o novo boneco gigante do cortejo, criado pelo artista plástico Valdemiro Moura, e ganhou o nome de ‘bonequeiro de Campo Grande’. “Trabalhamos com música popular brasileira. Frevo, maxixe, marchinhas de carnaval, sempre homenageando artistas e figuras importantes da nossa cultura”, explica Bianca Leão, uma das fundadoras do Céu na Terra.

Sertanejo do Chora Me Liga agita a Primeira de Março

Na rua Primeiro de Março, no Centro do Rio, o megabloco Chora Me Liga fez a alegria dos fãs de sertanejo, comprovando que o gênero combina, e muito, com o Carnaval. No alto do trio elétrico, a dupla João Lucas & Matheus comandou a festa cantando com os clássicos de todos tempos. Antes do show, Lucas fez questão de ressaltar a alegria que é tocar no Carnaval do Rio: “Adoramos estar aqui. Carnaval e sertanejo têm tudo a ver. Nosso bloco é uma grande mistura de sertanejo, samba e axé.”

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